sexta-feira, 27 de junho de 2008

Yellow B.





When I arrive there
And you will be with me
We’ll be like one couple
Of beautiful yellow bee.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Beber ou não? Que questão...

Antes da nova e chocante Lei Seca ser aprovada no Brasil, os jornalistas cansaram de estampar as primeiras capas da vida com os acidentes causados pelo álcool. Colocando como culpado único e exclusivo: o governo, típico.
Fãs do Procom, só sabem reclamar.
“O trânsito está perigoso.”
“Brasil tem um dos maiores índices de acidentes rodoviários.”
“O álcool não cansa de fazer vítimas.”

E muitos outros que cansamos de ler.
Finalmente,
pra alegria geral da nação, e dos jornalistas, essa Lei Seca foi aprovada. Isso todo mundo sabe, todo mundo viu.

E hoje, quando eu abro o cotidiano, está lá, escrito em letras garrafais e enfeitados com neon de motel beira de estrada:
“Lei seca é uma das mais rígidas do mundo”

ãhn?

Pelo amor de Santa Bárbara do Oeste, olha a conotação negativa desse título. Traduzindo: “seus burros, exagerados e doidos de pedra, agora a gente não pode nem mais dá uma bebidinha e uma morridinha”.

Não satisfeitos, ainda acharam uma maneira dos biriteiros de plantão burlar o sistema. Confira:

“O advogado Roberto Delmanto afirma que ninguém, pela Constituição, é obrigado a produzir prova contra si [...] .A orientação dele é não fazer o exame e questionar a multa na Justiça”.

É gente com uma vida meio tediante eu acredito, ou dotados de uma tamanha obsessão constitucional perfeccionista. Admiro muito um advogado, pessoa que teoricamente deveria trabalhar em prol da sociedade, achar uma maneira de ridicularizar a lei. Porque de fato, é ridículo.
Imagine um pau d’água se recusando a fazer o teste do bafômetro, porque a constituição diz que ele não é obrigado, e como um bom seguidor da lei que é, não vai bafejar em nada.

Ainda tento entender o que esses jornalistas querem.
Quando na verdade, o propósito justamente deve ser não querer nada, ou só criticar, o mais apropriado. Afinal, são jornalistas críticos, estava esperando que eles elogiassem uma medida governamental?

E a cachacinha do domingão, onde fica?


ps: se quiserem ver toda a [reportagem], a folha disponibiliza parte dela no site.

domingo, 22 de junho de 2008

Domingo


Hoje é domingo pé-de-cachimbo, na minha humilde opinião: o pior dia da semana.
Dormir até tarde é uma batalha, invencível talvez.
Dentre todas,os principais inimigos são:

[Caminhões] – vendedores de tudo que você imaginar. Desde os que consertam fogões e panelas de pressão, até as lendárias pamonhas de Piracicaba, fresquinhas, fresquinhas.

[Mães x higiene] – Fazer limpeza tudo bem. Mas fazer limpeza no domingo de manhã, e começando pelo seu quarto, é sacanagem. Principalmente quando elas abrem a porta, caminham até a janela, puxam com tudo a sua cortina e dizem sarcasticamente: "QUE DIA LINDO, OLHA ESSE SOL!"

[Irmão e vizinho] – É lindo quando ele acha que domingo é um bom dia e oito é uma boa hora pra se aprender, sozinho, a tocar violão. Cantando.

[Pai x marceneiro] – Eu queria saber de onde vem a inoportuna necessidade dos homens mostrarem que sabe consertar algo dentro de casa. Isso inclui fazer furos com aquela furadeira do Paraguai e botar parafusos em todas as paredes. A casa fica com mais buracos que a peneira de lavar arroz.

[Vassouras] – Ainda no surto de higiene da sua mãe, ela resolve não optar pelo seu quarto, entretanto pega aquela velha vassoura de piaçaba e da-lhe a esfregar freneticamente o chão do quintal. Faz mais barulho que a furadeira do seu pai e o violão do seu irmão juntos.

Baseado nesse fatos matutinos, você acorda com aquele bom humor de um serial killer. A pasta de dente acabou, tem só um rolinho marrom no lugar do papel higiênico, e você não tem idéia da onde ficam guardadas essas coisas.
Olha pro seu cachorro, e tem vontade de vê-lo cozido na sua frente com uma maçã na boca.

Arruma-se, e vai pro costumeiro almoço em família na casa da vó.
Chega lá, todo mundo feliz, contente e fazendo comentários:
“Nossa, eu acho que você emagreceu, em...”
Mentira, o ser engordou três quilos, e ainda está vestindo uma batinha de bolinhas.
Típico comercial de margarina. É claro, em todos os sentidos. Desligam-se as câmeras, e a vida volta ao normal. O genro falando mal da cunhada, a irmã metendo o pau no sobrinho.

Volta pra sua casa, e o computador não pega. Se pega, a internet não pega. Se a internet pega, ninguém está no msn. Porque geralmente, algumas pessoas têm uma vida social melhor que a sua.
Você desliga a droga do computador, e com o sinal de derrota estampado na cara, senta-se em frente à TV, assinando assim, a sentença de morte.

Fica até enquanto seus olhos agüentam tamanho massacre, começam as náuseas. Torturado, você caminha até a sua cama pra tentar dormir um pouco.

Instantaneamente, os caminhões reaparecem.
"OLHA AÍ FREGUESIA, É O CARRO DAS FRUTAS PASSANDO PELA SUA RUA, MELÃO, ABACAXI E LARANJA, TUDO FRESQUINHO,ESTAMOS PASSANDO..."

Atordoado com tanto gerundismo, você se levanta e fica andando de um lado pro outro procurando o que fazer, inutilmente, porque domingo não se tem nada pra fazer.
E como se não bastasse todo esse espírito funeral, ainda é véspera de segunda-feira.





Vale.